Com a realização do primeiro transplante cardíaco no Maranhão, o estado passou a ocupar a terceira posição no ranking de transplantes cardíacos do Nordeste. Os dados são da Revista Brasileira de Transplantes, publicados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). Os estados de Pernambuco e Ceará, ocupam, respectivamente, o primeiro e o segundo lugar. Em nível nacional, o Maranhão ocupa a décima colocação, empatado com estados como Rio Grande do Norte, Bahia e Paraíba.
Na sexta-feira (4), o Maranhão fez o primeiro transplante de coração. O procedimento foi realizado por meio da doação de um enfermeiro, que teve a confirmação do diagnóstico de morte encefálica, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC).“Além de um ato de solidariedade, a doação de órgão representa esperança para quem ocupa a lista de transplantes. Com a realização do primeiro transplante cardíaco, demonstramos os avanços na rede estadual de saúde e a atuação integrada da Central Estadual de Transplantes, do Hospital Dr. Carlos Macieira e do Hospital Universitário do Maranhão. Estamos mudando a história do transplante no estado, resultado dos investimentos contínuos e da estruturação das equipes e da rede hospitalar especializada em transplantes”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.
A ação teve a atuação da Central Estadual de Transplantes do Maranhão (CET/MA), do Hospital Dr. Carlos Macieira, ambos da rede da Secretaria de Estado da Saúde (SES), e do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), unidade realizadora do transplante cardíaco. O paciente foi identificado pela Central Estadual de Transplantes do Maranhão e cuidado no Hospital Dr. Carlos Macieira.
Através da Organização de Procura de Órgãos do hospital, foi viabilizado o acolhimento, diagnóstico, manutenção clínica especial, entrevista e transporte do doador, que foi transferido para o HU-UFMA, onde o receptor aguardava pelo transplante cardíaco. O paciente segue estável e passa bem. “A realização do primeiro transplante cardíaco da história do Maranhão é um marco histórico muito importante para a saúde pública, uma vez que, a partir de agora, os pacientes que anteriormente precisavam de assistência do transplante para salvar a sua vida, para garantir a continuidade da vida, precisavam buscar via Tratamento Fora Domicílio tratamento em outros estados, em outros centros. Então, agora, esse tratamento vai poder ser feito aqui no próprio estado do Maranhão”, destacou o coordenador da Central Estadual de Transplantes do Maranhão, Hiago Sousa.
