O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, sugeriu ao vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), a formação de uma chapa encabeçada por ele e com a professora de Direito, Teresa Helena Barros, como vice para concorrer às eleições do próximo ano.
O ministro deu a declaração em tom de brincadeira durante aula magna do curso de Direito do Centro Universitário UNDB, em São Luís, capital do Maranhão.
“É um prazer te ver, Felipe. Em nome dessa amizade, quero te dar uma sugestão: coloque a Teresa como vice-governadora, que essa chapa vai ficar imbatível, porque essa mulher é popular”, afirmou Dino, na sexta-feira (9).
Acho que só há um empecilho. Ela não tem a idade constitucional para exercer esses cargos. Tem que ter mais de 21 anos […] Quando vocês aplaudiram, eu disse: ‘Camarão é ele. Ele é o cara’. E quando vocês aplaudiram mais a Teresa, pronto”, completou o ministro.
Após a repercussão da fala, Dino virou alvo de críticas por ter, publicamente, sugerido a composição de uma chapa para disputa ao governo do estado.
Ao comentar sobre o caso, o deputado Nikolas Ferreira disse que Dino “está interferindo diretamente na disputa política do Maranhão enquanto ministro do STF, cometendo assim, crime de responsabilidade.”
O deputado informou que entrará com um pedido de impeachment contra o ministro no Senado Federal e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “O judiciário deve ser imparcial, não um comitê eleitoral”, disse Nikolas pelo X, nesta segunda-feira (12).
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) também criticou a postura de Dino e disse que o ministro deveria ter “permanecido da política”.