Evelyn estava internada desde o dia 16 de abril, quando consumiu o chocolate junto ao irmão, Luís Fernando, de 7 anos, que faleceu no dia seguinte, na quinta-feira (17). A mãe das crianças, Mirian Lira Rocha, de 36 anos, também ingeriu o doce e permanece internada, em estado estável. Segundo o Hospital Municipal de Imperatriz, ela está consciente e deve receber alta nas próximas 72 horas.
Na quinta-feira passada, uma mulher de 36 anos foi presa, suspeita de ser a responsável pelo envenenamento. De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA), ela é ex-namorada do atual companheiro de Mirian e foi detida pela Delegacia Regional de Santa Inês enquanto viajava em um ônibus intermunicipal, na cidade onde reside.
A prisão preventiva da suspeita foi decretada, e ela deve responder por homicídio consumado e tentativa de homicídio. A defesa da mulher não foi localizada até o momento pela reportagem.
Segundo a Polícia Civil do Maranhão, a suspeita teria se hospedado em um hotel em Imperatriz utilizando identidade falsa. Ela apresentou um crachá falso com nome inventado e uma fotografia sua disfarçada com peruca preta. Em mensagens obtidas pela polícia, a mulher alegou ser uma mulher trans com documentos em atualização, para justificar a apresentação do crachá como forma de identificação.
As investigações apontam que o ovo de Páscoa foi entregue por um mototaxista à residência da família em 16 de abril, por volta das 19h. Imagens de câmeras de segurança, testemunhos e a análise de objetos apreendidos — como restos de chocolate, remédios, perucas, óculos e bilhetes de passagem — ajudaram a polícia a identificar a suspeita.
A principal linha de investigação indica que o crime teria sido motivado por ciúmes e vingança.