O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu a segunda sessão de debates da Cúpula do G20, na tarde desta segunda-feira (18), falando sobre a taxação dos super-ricos e a reforma da governança global.
“A história do G20 está entrelaçada com os abalos sofridos pela economia global nas últimas décadas. Ações oportunas evitaram que a crise de 2008 resultasse em um colapso de proporções catastróficas. O ímpeto reformador foi insuficiente para corrigir os excessos da desregulação dos mercados e a apologia do Estado mínimo. Naquele momento, escolheu-se salvar bancos em vez de ajudar pessoas”, iniciou o presidente.
Lula, então, falou sobre a insuficiência de organismos internacionais na atuação de guerras e conflitos mundiais. “Não é surpresa que a desigualdade fomente ódio, extremismo e violência. Nem que a democracia esteja sob ameaça. A globalização neoliberal fracassou. Em meio a crescentes turbulências, a comunidade internacional parece resignada a navegar sem rumo por disputas hegemônicas”, disse.
“Permanecemos à deriva, como se arrastados por uma torrente que nos empurra para uma tragédia. Mas o confronto não é uma fatalidade. Negar isso é abrir mão da nossa responsabilidade”, completou.
“A omissão do Conselho de Segurança tem sido uma ameaça à paz e à segurança internacional”, enfatizou o presidente brasileiro, que defende uma reforma no órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem 15 membros e apenas cinco permanentes – nenhum deles é do Sul global.