Com o objetivo de minimizar os danos causados pelo desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que ligava o Maranhão ao Tocantins e caiu em dezembro de 2024, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, anunciou um pacote de medidas nesta sexta-feira (24). As ações visam beneficiar a população dos municípios mais afetados pelo colapso da estrutura: Estreito, Porto Franco e Carolina.
Entre as medidas está a ampliação dos programas Juros Zero e Trabalho Jovem, que foram ajustados para atender os moradores das três cidades impactadas. O programa Juros Zero permitirá que empresas locais com faturamento de até R$ 50 mil contratem empréstimos no mesmo valor, com os juros pagos pelo governo estadual. Antes, o benefício era limitado a empréstimos de até R$ 10 mil. Essa iniciativa busca apoiar empresas que tiveram suas atividades prejudicadas, considerando que, segundo a Associação Comercial de Estreito, cerca de 70% dos negócios da região sofreram impactos negativos após a interrupção do tráfego na ponte, que recebia mais de 2 mil carretas diariamente.
O programa Trabalho Jovem também foi ampliado e criará quase 1.000 vagas de trabalho para os três municípios. Destas, 650 serão destinadas a estágios, em parceria com a empresa de call center Elo Contact Center, enquanto outras 325 vagas serão abertas pelo eixo de apoio à contratação, distribuídas entre as cidades de Estreito, Porto Franco e Carolina. O governador destacou a importância da iniciativa para incluir jovens no mercado de trabalho, especialmente em um momento de aumento do desemprego na região.
Outras medidas anunciadas incluem a instalação de uma agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) em Porto Franco e a prorrogação do prazo para o pagamento do IPVA nas três cidades, cuja primeira parcela poderá ser quitada até julho. O governo estadual também firmou parceria com a Prefeitura de Estreito para disponibilizar uma balsa gratuita, com capacidade para 44 passageiros, que garantirá a travessia entre Estreito e Aguiarnópolis (TO).
Carlos Brandão reforçou que o pacote é paliativo, mas essencial para aliviar os impactos econômicos e sociais da região. Ele também afirmou que buscará parcerias com o Governo Federal para ampliar as ações e tratar da reconstrução da ponte, cuja responsabilidade é federal. A queda da estrutura afetou gravemente a economia local, que depende do transporte rodoviário para o escoamento de grãos como milho e soja, provenientes de estados como Mato Grosso e Pará.
