O Ministério Público Federal (MPF) deve oficiar a Meta, empresa proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, após Mark Zuckerberg anunciar o fim da checagem de fatos nas plataformas.
A maior dúvida do MPF é se essas novas regras são exclusivas dos Estados Unidos ou se elas serão aplicadas no Brasil em um futuro próximo. Além disso, o órgão quer saber como funcionará o sistema de “Notas da Comunidade”, algo que Zuckerberg deve copiar da rede social X (Twitter).
“Vamos eliminar os fact-checkers (verificadores de conteúdo) para substituí-los por notas da comunidade semelhantes às do X, começando pelos Estados Unidos”, disse o CEO e fundador da Meta.
Segundo o MPF, esses ofícios devem ser encaminhados dentro de um inquérito civil que tramita desde 2021 e apura a responsabilidade das chamadas big techs nos conteúdos postados por seus usuários.
Comentando o assunto para a imprensa, procuradores do MPF disseram que a Meta sempre foi conhecida por colaborar com as autoridades brasileiras. Por isso, o MPF também quer saber se o posicionamento da empresa mudará no Brasil para estimar o impacto das novas regras entre o público local.
Isso porque as mudanças colidem com normas já aprovadas e até mesmo com recomendações feitas pelo próprio MPF. De toda forma, fontes no órgão dizem que não há muita margem para que a Meta mude seu posicionamento local. Isso porque o risco de perder o grande mercado brasileiro está em jogo.
